sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Ovo


Se um pequeno animal cresce e se desenvolve dentro de um ovo, é porque ele contém uma riqueza nutricional inigualável.

Saiba como consumi-lo de forma segura e saudável!!!

Ao longo das últimas décadas, o ovo carregou a má fama de inimigo da saúde cardiovascular. Como a gema é rica em colesterol, seu consumo foi associado ao aumento no risco de infarto e derrame. Foi necessária a revisão de mais de 200 estudos, realizados a partir da década de 80, com cerca de 8.000 pessoas, para chegar à sentença (definitiva, pelo menos até agora) de que o ovo tem mesmo substâncias potencialmente nocivas mas privar-se dele na dieta pode ser ainda mais danoso.

3 Bons motivos para comer ovo
Presente na gema, a colina é um nutriente vital para o bom funcionamento do cérebro.
O ovo é uma excelente fonte de triptofano, o aminoácido precursor da serotonina, a substância associada à sensação de bem-estar.
Do total de gorduras contidas em um ovo, a maioria é de monoinsaturadas, a gordura do bem, protetora do coração.


Com o ovo condenado por tanto tempo, muita gente deixou de consumir o alimento e, junto com ele, uma série de nutrientes essenciais ao organismo. Muitos deles podem ser encontrados em outros alimentos, mas a colina, em especial, é abundante sobretudo no ovo.
Uma unidade tem cerca de 130 miligramas de colina, enquanto uma posta de 100 gramas de salmão tem 56 miligramas.

"Estima-se que a concentração circulante de colina duplica após a ingestão de uma refeição contendo dois ovos." Diz o professor Cícero Galli Coimbra, do departamento de neurologia da Universidade Federal de São Paulo. A colina forma parte da estrutura dos denominados fosfolipídeos, os quais poderiam ser descritos como a unidade estrutural da membrana das células. Em sentido figurado, é como se a colina fosse o "tijolo" utilizado na construção da estrutura da membrana celular. Todas as células que se formam em nosso organismo requerem fosfolípídeos, portanto, colina, para estruturação das membranas.
Pesquisas futuras devem demonstrar efeitos positivos da colina sobre a evolução de doenças neurodegenerativas, tais como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson. Isso porque o cérebro do idoso tem menor capacidade de captar a colina circulante, sendo mais sensível às conseqüências negativas de uma dieta pobre em colina.

Baixo teor de gordura

O baixo teor de gordura constitui mais uma vantagem do alimento. Uma unidade tem em média 7 gramas de gordura total apenas 1,5 grama é gordura saturada, a metade do que se encontra numa fatia de queijo branco, considerado um alimento magro e saudável. "O ovo é o alimento de menor valor calórico com relação a outras fontes protéicas", diz a nutricionista Eda Maria Scur. Um ovo tem cerca de 70 calorias. Um bife de 120 gramas, igualmente rico em proteínas, tem o dobro desse valor. O consumo de quatro gemas por semana é suficiente para obter todos esses benefícios.

Colesterol
De fato, o ovo tem muito colesterol. Uma unidade contém 213 miligramas da substância, quase o total da ingestão diária recomendada pela Associação Americana do Coração, que é de 300 miligramas.
O erro, no entanto, é imaginar que todo esse colesterol, depois de ingerido, tem como destino certo o entupimento das artérias (a principal causa dos elevados níveis de colesterol no sangue são as gorduras saturadas). Para 70% das pessoas, o colesterol da comida não causa impacto significativo nos níveis de gordura circulante no sangue. A elas, que não têm problema de colesterol, permite-se o consumo de até um ovo por dia. Para os 30% restantes, sugere-se moderação, mas não necessariamente a eliminação total do ovo do cardápio especialmente se ele não dividir o prato com gorduras trans. Essas, sim, fazem mal à saúde!

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