terça-feira, 4 de março de 2008

Desenvolvimento do comportamento alimentar infantil - Importância do trabalho de educação nutricional infantil.


O hábito alimentar é um fator importante para o aparecimento ou não de doenças crônico-degenerativas (hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares) que são as principais causas de morte nos indivíduos adultos. Por isso, as mudanças de hábitos alimentares são muito importantes na prevenção e promoção de saúde. Sendo estes hábitos alimentares formados na infância, é de suma importância a compreensão dos fatores determinantes dos hábitos dos familiares para que possam ser propostos processos educativos efetivos para que ocorram mudanças do padrão alimentar dessas crianças.
De acordo com a literatura, o comportamento do pré-escolar é determinado em um primeiro momento pela família (ou responsável pela criança na ausência dos pais) e posteriormente pelo contato com outras crianças com hábitos e culturas diferentes, com suas preferências alimentares individuais. O grande desafio é aumentar as preferências alimentares para alcançar um hábito alimentar mais saudável, pois um fenômeno muito freqüente nesta faixa etária é a neofobia alimentar, isto é, muitas crianças têm medo de experimentar novos alimentos e sabores.
Este medo de experimentar novos alimentos pode ser reduzido por métodos de aprendizagem, associação de brincadeiras que simbolizam um estado de bem estar entre as crianças para uma associação positiva entre o prazer infantil e a aceitação pela maioria do grupo por uma escolha alimentar mais saudável, conquistando assim pequenas mudanças alimentares que com o passar do tempo irão substituir hábitos alimentares errôneos.

Fonte: Ramos M, Stein LM. Desenvolvimento do comportamento alimentar infantil. J Pediatr (Rio J). 2000;76(Suppl 3):228-37.

3 comentários:

Marina de Melo Coelho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Giselle Pimentel Guimarães disse...

Sugestão Marina: leia o artigo.
Eu ainda não terminei de ler..mas até mesmo pelo curso que fiz o que eu posso perceber é que temos que oferecer uma atividade que seja agradável a elas, mesmo que não chegue a totalidade, mas pelo menos a maioria, e essa atividade será sempre voltada para um alimento específico e depois realizar o momento da oferta do alimento. Uma estorinha, ou um jogo.
No artigo tem uma parte assim: que nós podemos juntar o útil com o agradável..nós podemos impor que essas crianças comam certos alimentos pelos seus valores nutritivos? Podemos. Será a maneira mais adequada? Talvez não. Podemos dar os alimentos conforme a vontade delas? Também podemos. Adequado? Não. Então, será que podemos fazer as duas coisas? Seria o ideal, agradável para elas e para nós. Como por exemplo realizar uma festinha de aniversário com os coleguinhas de turma e elaborar um sanduiche e um suco nutritivo, um bolo diferente de um simples bolo de chocolate..e coisas desse gênero. Eu escreveria horas e horas aqui.. Beijos

Marina de Melo Coelho disse...

Giselle tenho, visto essa neofobia alimentar que você se refere, quase que diariamente no meu trabalho. As crianças são apresentadas a um alimento,o qual elas desbravam as características sensorias como cor, textura, cheiro, peso e etc., manipulam o alimento, mas quando chega a hora de prova-lo, elas se recusam. A que você que isso se dá? Como fazer com elas provem o alimento?
Beijos
4 de Março de 2008 19:23